Consultoria que monitora projetos da Fundação Renova na Bacia do Rio Doce é recontratada
Empresa dará sequência ao trabalho, que, em sua primeira etapa, avaliou 42 programas e propôs atividades complementares
A Ramboll renovou o contrato com o Ministério Público Federal (MPF) para dar continuidade às atividades de monitoramento e assistência técnica das ações realizadas pela Fundação Renova na região da Bacia do Rio Doce, atingida pelo desastre da Samarco.
“A renovação do contrato é um reconhecimento do trabalho realizado na primeira etapa, e reforça a importância da atuação de uma terceira parte independente como a Ramboll, para avaliar em que medida os programas da Fundação Renova estão atendendo às expectativas dos reguladores, das comunidades afetadas e da população brasileira”, conta Ricardo Camargo, gerente de Projetos da Ramboll, responsável pelo trabalho. Camargo conta que o novo contrato terá como foco monitorar e auditar a implantação dos programas desenvolvidos pela Fundação Renova.
Em março último, a Ramboll completou um ano de trabalho no projeto, tendo realizado, nesta primeira etapa, a avaliação dos programas aprovados pela Fundação e indicado, para o Ministério Público Federal, quais atividades adicionais de remediação, restauração e reconstrução deveriam ser realizadas para restaurar plenamente a Bacia do Rio Doce.
“Avaliamos ações na área econômica, social, ambiental e de saúde, com base em modelos internacionais, que são referência das Nações Unidas, sobre grandes desastres ambientais, e desenvolvemos uma série de propostas de ação a partir daí, com base no conceito de resiliência”, conta Camargo. Ele destaca que a Ramboll trouxe importantes questionamentos, com o objetivo de garantir que a região não apenas recupere o patamar socioeconômico anterior, mas alcance um nível superior de resiliência, para resistir a eventuais desastres no futuro.
Entre os pontos questionados pela Ramboll, em relação aos programas desenvolvidos pela Fundação Renova na região, incluem-se a abrangência do cadastro dos atingidos; o programa de reassentamento e as ações de recuperação das nascentes. A Ramboll também sugeriu uma série de ações a fim de promover a recuperação econômica local, incluindo parcerias com institutos, universidades e o setor privado, com o objetivo de buscar inovação e promover o desenvolvimento local.
”A Ramboll reúne toda a expertise interna, de forma única, para conduzir esse tipo de análise detalhada e crítica. Neste projeto, buscamos não apenas analisar se os resultados prometidos poderiam ser alcançados, mas também se eles atenderiam às expectativas dos reguladores, das comunidades afetadas e do povo brasileiro”, afirma Eugenio Singer, presidente da Ramboll do Brasil.
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